segunda-feira, 22 de março de 2021

FIGURAS DE SOM OU HARMONIA

 


A Figuras de Som pode ser classificada em quatro tipos: aliteração, assonância, onomatopeia e paronomásia. Confira a seguir as características de cada um deles!

 Figuras Sonoras - Português

Aliteração

A aliteração representa as repetições de sons consonantais. Esse recurso é bastante utilizado em trava-línguas e ditos populares.

Um exemplo de trava-línguas muito famoso é:

O rato roeu a roupa do rei de Roma.

Observe a repetição da consoante “r” sendo essencial para o ritmo do trava-língua.

Outros exemplos:

  • Quem com ferro fere com ferro será ferido.
  • “Chove chuva, chove sem parar” (Jorge Bem Jor).
  • O tempo perguntou pro tempo quanto tempo tem (…)

Assonância

A assonância, também utilizada em repetições, é um recurso de sons vocálicos,  que é comumente utilizado em poesias.

Exemplo:

  • Tinha o coração na mão.

Perceba a repetição do som “ão” como elemento principal da sonoridade da expressão.

Outros exemplos:

  • O Museu Galileu pereceu.
  • “Juro que não acreditei eu te estranhei / Me debrucei sobre teu corpo e duvidei” (Chico Buarque).

Onomatopeia

A onomatopeia ocorre quando reproduzimos o som ou ruídos em palavras. Essa figuras de som é muito utilizada em histórias em quadrinhos.

Um exemplo simples é a expressão Tic Tac que imita o som dos ponteiros de um relógio. Assim como o Toc Toc, que  representa o bater à porta.

Outros exemplos:

  • Acordei com o cocoricó do galo.
  • “Oi, tum, tum, bate coração” (Elba Ramalho).

Paronomásia

A paronomásia ocorre quando há repetições de palavras ou sons parecidos. Esse recurso pode ser encontrado em trocadilhos.

Como em:

Quem casa quer casa

domingo, 21 de março de 2021

SIMPLE PRESENT

     Simple Present: estrutura, quando usar, regras - Brasil Escola

Simple Present

O Simple Present Tense, também chamado de Present Simple (presente simples), é um dos tempos verbais do inglês.

Ele é equivalente ao presente do indicativo na língua portuguesa.

Quando usar o Simple Present?

O Simple Present é um tempo verbal utilizado para indicar ações habituais que ocorrem no presente.

Além disso, ele é usado para expressar verdades universais, sentimentos, desejos, opiniões e preferências.

Por vezes, as frases no Simple Present apresentam expressões de tempo (advérbios).

As mais usuais são:

Advérbio

Tradução

now

agora

always

sempre

never

nunca

today

hoje

every day

todos os dias

daily

diariamente

often

frequentemente

sometimes

às vezes

generally

geralmente

usually

usualmente

Veja alguns exemplos de frases no Simple Present:

  • He plays soccer very well. (Ele joga futebol muito bem.)
  • She loves chocolate. (Ela ama chocolate.)
  • They go to school in the afternoon. (Eles vão para a escola de tarde.)
  • I always read the newspaper in the morning. (Eu sempre leio o jornal de manhã.)
  • We generally travel to Brazil in December. (Geralmente nós viajamos para o Brasil em dezembro.)

Regras do Simple Present

A conjugação do Simple Present varia de acordo com a pessoa verbal, com a terminação do verbo e com o tipo de frase (afirmativa, negativa e interrogativa.)

Confira abaixo a explicação sobre a formação do Simple Present nas formas afirmativa, negativa e interrogativa.

Affirmative Form (forma afirmativa)

Como regra geral, pode-se dizer que para conjugar um verbo no Simple Present, basta usá-lo no infinitivo sem o to no caso dos pronomes I, you, we e they, e acrescentar -s, -es ou -ies no caso dos pronomes he, she e it.

SHE TRAVELS

HE TRAVELS

I TRAVLES

No entanto, há algumas regras específicas para a flexão da terceira pessoa do singular (he, she e it) que estão relacionadas com a terminação dos verbos.

Verbos terminados em -o, -z, -ss, -ch, -sh, -x

É preciso acrescentar -es no final do verbo.

Exemplos:

  • to teach (ensinar) - teaches
  • to watch (assistir) - watches
  • to push (empurrar) - pushes
  • to kiss (beijar) - kisses
  • to go (ir) - goes
  • to fix (consertar) - fixes

Verbos terminados em -y precedido de consoante

Retira-se o -y e acrescenta-se -ies

Exemplos:

  • to fry (fritar) - fries
  • to fly (voar) - flies
  • to study (estudar) - studies
  • to worry (preocupar-se) - worries

Verbos terminados em -y precedido de vogal

Acrescenta-se somente o -s.

Exemplos:

  • to say (dizer) - says
  • to play (brincar; jogar) - plays

Posição do verbo em frases afirmativas

Veja abaixo a estrutura de formação de frases afirmativas no Simple Present:

Sujeito + verbo principal + complemento

Exemplos:

  • I live in Brazil. (Eu moro no Brasil). - verbo to live (morar, viver).
  • He teaches Spanish at the university. (Ele ensina espanhol na universidade.) - verbo to teach (ensinar).
  • They prefer Italian food. (Eles preferem comida italiana.) - verbo to prefer (preferir).
  • She watches TV every day. (Ela assiste TV todos os dias.) - verbo to watch (assistir).
  • We like to go to the beach during the week. (Nós gostamos de ir à praia durante a semana.) - verbo to like (gostar).
  • It pushes the door when it wants to get in. (Ele/ela empurra a porta quanto quer entrar) - verbo to push (empurrar).
  • You always arrive late. (Você sempre chega atrasado.) - verbo to arrive (chegar).
  • She always kisses her grandma before leaving. (Ela sempre beija a avó antes de sair.) - verbo to kiss (beijar).
  • He goes to the gym on weekends. (Ele vai à academia aos fins de semana.) - verbo to go (ir).
  • She fixes her car by herself. (Ela conserta o carro dela sozinha.) - verbo to fix (consertar).



terça-feira, 16 de março de 2021

FIGURAS DE SINTAXE

 

Figuras de construção ou sintaxe integram as chamadas figuras de linguagem, representando um subgrupo destas. Dessa forma, tendo em vista o padrão não convencional que prevalece nas figuras de linguagem (ou seja, a subjetividade, a sensibilidade por parte do emissor, deixando às claras seus aspectos estilísticos), devemos compreender sua denominação. Em outras palavras, por que “figuras de construção ou sintaxe”?

Podemos afirmar que assim se denominam em virtude de apresentarem algum tipo de modificação na estrutura da oração, tendo em vista os reais e já ressaltados objetivos da enunciação (do discurso) – sendo o principal conferir ênfase a ela.
Assim sendo, comecemos entendendo que, em termos convencionais, a estrutura sintática da nossa língua se perfaz de uma sequência, demarcada pelos seguintes elementos:

SUJEITO +      PREDICADO    +                          COMPLEMENTO

(Nós)            CHEGAMOS  ATRASADOS            À REUNIÃO. 

Temos, assim, um sujeito oculto – nós; um predicado verbal – chegamos atrasados; e um complemento, representado por um adjunto adverbial de lugar – à reunião.  

Quando há uma ruptura dessa sequência lógica, materializada pela inversão de termos, repetição ou até mesmo omissão destes, é justamente aí que as figura em questão se manifestam. Desse modo, elas se encontram muito presentes na linguagem literária, na publicitária e na linguagem cotidiana de forma geral. Vejamos, pois, acerca de cada uma delas, de modo particular:

Elipse

Tal figura se caracteriza pela omissão de um termo na oração não expresso anteriormente, contudo, facilmente identificado pelo contexto. Vejamos um exemplo:

Rondó dos cavalinhos
[...]

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minhalma — anoitecendo!

                                     Manuel Bandeira

Notamos que em todos os versos há a omissão do verbo estar, sendo este facilmente identificado pelo contexto.

Zeugma
Ao contrário da elipse, na zeugma ocorre a omissão de um termo já expresso no discurso. Constatemos, pois:

Maria gosta de Matemática, eu de Português.

Observamos que houve a omissão do verbo gostar.

Anáfora

Essa figura de linguagem se caracteriza pela repetição intencional de um termo no início de um período, frase ou verso. Observemos um caso representativo:

A Estrela

Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
[...]

                            Manuel Bandeira

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Notamos a utilização de termos que se repetem sucessivamente em cada verso da criação de Manuel Bandeira.

Polissíndeto

Figura cuja principal característica se define pela repetição enfática do conectivo, geralmente representado pela conjunção coordenada “e”. Observemos um verso extraído de uma criação de Olavo Bilac, intitulada “A um poeta”:

“Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!”

Assíndeto

Diferentemente do que ocorre no polissíndeto, manifestado pela repetição da conjunção, no assíndeto ocorre a omissão deste. Vejamos: 

Vim, vi, venci (Júlio César)

Depreendemos que se trata de orações assindéticas, justamente pela omissão do conectivo “e”.

Anacoluto

Trata-se de uma figura que se caracteriza pela interrupção da sequência lógica do pensamento, ou seja, em termos sintáticos, afirma-se que há uma mudança na construção do período, deixando algum termo desligado do restante dos elementos. Vejamos:

Essas crianças de hoje, elas estão muito evoluídas.

Notamos que o termo em destaque, que era para representar o sujeito da oração, encontra-se desligado dos demais termos, não cumprindo, portanto, nenhuma função sintática.

Inversão

Como bem nos revela o conceito, trata-se da inversão da ordem direta dos termos da oração. Constatemos:

Eufórico chegou o menino.

Deduzimos que o predicativo do sujeito (pois se trata de um predicado verbo-nominal) se encontra no início da oração, quando este deveria estar expresso no final, ou seja: O menino chegou eufórico.

Pleonasmo

Figura que consiste na repetição enfática de uma ideia antes expressa, tanto do ponto de vista sintático quanto semântico, no intuito de reforçar a mensagem. Observemos, pois, alguns exemplos:

Vivemos uma vida tranquila.

O termo em destaque reforça uma ideia antes ressaltada, uma vez que viver já diz respeito à vida. Temos uma repetição de ordem semântica.

A ele nada lhe devo.

Percebemos que o pronome oblíquo faz referência à terceira pessoa do singular, já expressa. Trata-se, portanto, de uma repetição de ordem sintática demarcada pelo que chamamos de objeto direto pleonástico.

quarta-feira, 10 de março de 2021

FIGURAS DE LINGUAGEM

 Figuras de linguagem - Resumo e Exemplos - Português ...

Figuras de Palavras

Metáfora

A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica subentendido na frase.

Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)


Comparação

Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação (como, assim, tal qual).

Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas.


Metonímia

A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.

Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)


Catacrese

A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.

Exemplo: Embarcou há pouco no avião.

Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.

O uso da expressão "bala perdida" é utilizada por não ter outra mais específica

Sinestesia

A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.

Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.

A frieza está associada ao tato e não à visão.


Perífrase

A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique.

Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)

Na charge acima, a "Terra da Garoa" substitui "cidade de São Paulo"

Figuras de Pensamento

Hipérbole

A hipérbole corresponde ao exagero intencional na expressão.

Exemplo: Quase morri de estudar.

A expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole

Eufemismo

O eufemismo é utilizado para suavizar o discurso.

Exemplo: Entregou a alma a Deus.

Acima, a frase informa a morte de alguém.

Ironia

A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.

Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada.

Antítese

A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.

Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.

Uso da antítese expressa pelos termos que têm sentidos opostos: positivo, negativo; mal, bem; paz e guerra

Paradoxo

O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese).

Exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom.

Como é possível alguém estar cego e ver?

Uso do paradoxo pelas ideias com sentidos opostos realçada pelos termos que explicam a "certeza": relativa e absoluta

Gradação

A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax).

Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.

No exemplo acima, acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.

Apóstrofe

A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase.

Exemplo: Ó céus, é preciso chover mais?


 

segunda-feira, 8 de março de 2021

Dia Internacional da Mulher

 Crédito: Getty Images

As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento.

Vamos conhecer - e valorizar! - as mulheres da nossa vida?

Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período.

8 planos de aula para usar no dia da mulher

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.

Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra - em um protesto conhecido como "Pão e Paz" - que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.


Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

"O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países", explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas (Unicamp).

No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.


Quer saber mais?

Bibliografia
As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres. Ana Isabel Álvarez Gonzalez, 208 págs., Ed. SOF/Expressão Popular, tel. (11) 3105-9500, 15 reais


terça-feira, 2 de março de 2021

Funções da Linguagem


Funções da linguagem

As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante.

Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função fática, função conativa e função metalinguística.

Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos comunicativos.

Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar presentes num mesmo texto.


Função Referencial ou Denotativa

Também chamada de função informativa, a função referencial tem como objetivo principal informar, referenciar algo.

Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter impessoal.

Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.

Exemplo de uma notícia

Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho de 1994.

Função Emotiva ou Expressiva

Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião.

Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um caráter pessoal.

Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.

Exemplo de e-mail da mãe para os filhos

Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?

Função Poética

A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido conotativo das palavras.

Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem.

Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).

Exemplo de uma história sobre a avó

Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.

Função Fática

A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal de comunicação.

Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao telefone, etc.

Exemplo de uma conversa telefônica

— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua preferência?
— Dia 8 está ótimo.

Função Conativa ou Apelativa

Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande foco é no receptor da mensagem.

Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, de modo a influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida.

Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a presença de verbos no imperativo e o uso do vocativo.

Exemplos

  • Vote em mim!
  • Entre. Não vai se arrepender!
  • É só até amanhã. Não perca!

Função Metalinguística

A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio código.

Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos.

Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as gramáticas e os dicionários.

Exemplo

Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a função metalinguística.


Trovadorismo

  principalmente nas regiões onde hoje estão localizados a França , a Espanha e Portugal . As produções literárias do Trovadorismo são ch...